Paralisados desde o dia 30 de maio, os professores da Unicamp, reunidos em Assembleia Geral no auditório da ADunicamp no dia 1º de junho, deliberaram por deflagração de greve por tempo indeterminado, em razão da suspensão unilateral, por parte do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (CRUESP), das negociações em curso com o Fórum das Seis entidades que representam as categorias docentes e de técnicos administrativos dessas universidades (F6). Essa decisão foi tomada com base no indicativo do F6, que exige:

1) Reabertura das negociações suspensas unilateralmente pelo Cruesp.
2) Negociações de fato, com base na pauta apresentada há dois meses pelo F6.

A Assembleia Docente reiterou que a reposição salarial é apenas um dos itens da pauta proposta pelo F6, à qual se agregam, de modo central:

3) A defesa da Universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada, que vem sofrendo ataques das mais diversas ordens e com viés claramente privatista.
4) A defesa dos direitos básicos consolidados na Constituição de 1988, hoje em franco processo de desmonte no bojo da crise institucional pela qual passa o país.

A Assembleia Docente requer:

5) Que Reitoria da Unicamp se posicione de maneira enérgica e inequívoca em defesa da Unicamp enquanto instituição comprometida com pesquisa e ensino de   caráter público, gratuito, de qualidade e socialmente referenciado, sem concessões a quaisquer iniciativas privatistas.

Devem ser mantidas e intensificadas as atividades desenvolvidas pelo movimento docente, levando em conta as diferente propostas feitas na Assembleia (cotas, permanência estudantil etc.), seja nas diferentes Unidades ou de modo centralizado na ADunicamp. Solicita-se às Unidades que comuniquem seus respectivos calendários à entidade, através do e-mail imprensa@adunicamp.org.br, e que indiquem seus representantes na Comissão de Mobilização, através do e-mail diretoria@adunicamp.org.br.
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