CR aprova moções sobre incêndios florestais e sobre morte no Carrefour


O CR (Conselho de Representantes) da ADunicamp aprovou, em reunião online ocorrida nesta quinta-feira, 26, duas moções: uma, sobre o descaso do governo federal no combate às queimadas florestais, e a segunda sobre o assassinado de João Alberto Silveira por dois seguranças da rede varejista Carrefour (confira abaixo). Esta foi a primeira reunião do novo CR da ADunicamp, eleito para o biênio 2020-2022.

A diretoria da ADunicamp apresentou, durante o encontro, o detalhamento da previsão orçamentária da entidade para o ano que vem e encaminhou ao CR a constituição de uma nova comissão de conselheiros/as para acompanhar a execução deste orçamento. A comissão eleita será constituída pelas professoras Silvia Amaral (FEF) e Ana Bentes (IEL) e pelos professores Pedro Holanda (FGW) e Ricardo Dahab (IC).

Vale lembrar que a previsão orçamentária será apresentada a todos/as associados/as em assembleia que será realizada no mês de dezembro/2020. Por fim, foi aprovado o calendário de reuniões mensais do CR até o mês de fevereiro de 2021.

MOÇÕES

A integra da primeira moção é a seguinte:

“Pela defesa dos povos indígenas.
Pela preservação da Amazônia e do Pantanal.
Pelo fim dos incêndios criminosos.
Fora Salles, fora Bolsonaro!”

A segunda moção, intitulada “Moção de repúdio à rede de Supermercados Carrefour”, traz a integra de nota publicada pela diretoria da ADunicamp, um dia após os fatos ocorridos em 19 de novembro no Carrefour em Porto Alegre. Com a aprovação da moção, por unanimidade, o texto passa agora a ser assinado também pelo CR. Abaixo, a integra da moção:

“Tragicamente, em pleno dia da Consciência Negra, noticiou-se o assassinato de João Alberto Silveira cometido na véspera, por funcionários de uma unidade da rede varejista CARREFOUR de Porto Alegre.

A atrocidade, manifestadamente racista, ocorreu diante da companheira do “Beto” e de muitas outras testemunhas que, inclusive, registraram as brutalidades em vídeo.

A rede Carrefour é reincidente em casos de violência racial. No ano de 2009, seguranças espancaram Januário Alves de Santana na unidade de Osasco, sob o argumento de que o homem fora confundido com um ladrão. Em 2018, na unidade de São Bernardo do Campo, seguranças espancaram Luís Carlos Gomes porque ele teria aberto uma lata de cerveja no interior da loja.

Todos esses casos aconteceram no interior das lojas! Não se trata, portanto, de exceção nem, muito menos, de ação desobediente de terceiros.

Muito entristecida, a ADunicamp se solidariza com os familiares dessas vítimas e alerta para a crescente escalada da violência racial no país que é motivada pela inépcia e complacência maior do governo federal, mas que também acontece nos governos estaduais e municipais.

Exigimos apuração integral e independente do crime e que as punições para seus autores e cúmplices sejam as mais severas possíveis.

A ADunicamp também se junta com muitas outras entidades da sociedade civil e exige que a rede Carrefour assuma sem hesitação as suas responsabilidades, afaste imediatamente seus dirigentes nacionais e mude sua criminosa política de segurança interna.”


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