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O quadro da pandemia do coronavírus (Covid-19) tem se alterado rapidamente no Brasil e países vizinhos, o que aponta a América Latina como o próximo epicentro, depois da Europa, de expansão das contaminações. Por isso, são necessárias medidas urgentes de para a contenção das infecções no Brasil e a adoção imediata de políticas de defesa das populações mais vulneráveis e suscetíveis a apresentarem quadros graves de saúde, caso contraiam Covid-19.
Essas foram algumas das informações apresentadas no debate sobre a crise do Covid-19 realizado nesta segunda-feira, 16, pela ADunicamp e que reuniu especialistas na área de saúde e microbiologia. Ao longo do debate, foram apresentadas não só as medidas que devem ser tomadas individualmente, mas também as ações coletivas e governamentais – em todos os níveis – que precisam ser adotadas com urgência.
Os debatedores informaram também que o pico da pandemia no Brasil deverá demorar cerca de 40 dias para ocorrer e que isso poderá permitir uma forte contenção da pandemia, caso sejam tomadas imediatamente medidas rigorosas em escala nacional.
ORIGEM E PREVENÇÃO
Especialista em estudos sobre vírus, a professora doutora Silvia Gatti, do Instituto de Biologia e do Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), reafirmou a necessidade de conter ao máximo a circulação das pessoas.
Silvia relatou que os países que conseguiram realizar o isolamento social do maior número de pessoas, desde o início da pandemia, foram os únicos que conseguiram limitar uma expansão rápida e devastadora do coronavírus.
Em caso de necessidade de deslocamentos, ela reafirmou a importância de sistematização dos métodos já amplamente divulgados de prevenção, como a lavagem das mãos e do rosto e arejamento das casas, entre outros. “Álcool gel só deve ser utilizado quando não for possível lavar as mãos, pois ele não remove a sujeira. O método mais eficaz é a lavagem das mãos com sabão ou sabonete com esfregação por quarenta segundos”, disse.
A professora fez também um relato das mutações que permitiram que o novo coronavírus saltasse de outra espécie para a espécie humana. “Ele é novo para nós porque veio de outra espécie animal. Há apontamentos que veio do morcego, mas ainda há controvérsias sobre isso”. O vírus infecta todas as células do sistema respiratório e já aparecem indícios de que pode afetar também as células intestinais, informou Sílvia.
NOVA FASE DA INFECÇÃO
A professora doutora Maria Filomena Vilela, da Faculdade de Enfermagem da Unicamp e do Programa de Mestrado Profissional em Saúde Coletiva, alertou que já “estamos no Brasil em uma nova fase da infecção”.
A transmissão já ocorre dentro do Brasil, sem que as pessoas infectadas tenham tido contato com quem veio de fora do país, portanto é urgente iniciar a “adoção de medidas restritivas e também cuidar das pessoas e grupos mais suscetíveis”.
Filomena também alertou para os fortes indícios de que o novo epicentro da pandemia, que já está em 180 países, será a América Latina. “O cenário no Brasil está mudando rapidamente, mas o país ainda tem condições de impedir o crescimento muito rápido de infecções”.
Mas, para isso, medidas restritivas e sanitárias têm que ser tomadas em escala nacional, uma vez que os serviços de saúde não estão preparados para atender um número alto e imediato de casos mais graves. Ações e campanhas de esclarecimento também têm que ser amplamente divulgadas. “Nossos serviços de saúde estão direcionados. As pessoas que apresentarem sintomas como falta de ar têm que ter internação imediata”. Por isso, aquelas que apresentarem sintomas leves, devem ficar em casa e só procurarem os sistemas de atendimento aos primeiros sinais de febre e desconforto respiratório.
Os números da quantidade de pessoas infectadas no Brasil não serão exatos num primeiro momento. Filomena informou que não serão colhidos materiais para exame de todos os que apresentarem sintomas leves. “Isso só será feito em situações em que for necessário o controle. E as ocorrências mostram que 5% das pessoas infectadas vão evoluir para situação que precisa de ventilação. Então temos que investir nisso: salvar vidas”.
Para ela, diante ainda dos inúmeros outros problemas sociais e de saúde que o Brasil enfrenta, é essencial “investir pesado na informação”. “Temos que fazer o máximo para termos a menor quantidade possível de pessoas nas ruas e locais públicos”.
PENSAR A COMUNIDADE
“Uma epidemia é sempre um momento em que pensamos a comunidade, a sociedade e o direito à vida. É um momento para refletirmos como a sociedade está preparada para defender a vida”, afirmou o professor Gustavo Cunha, do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e doutor em Saúde Coletiva.
Gustavo relatou que os países com sistemas de saúde estruturados são sempre os que estão mais preparados para enfrentar situações difíceis, como as epidemias. “Só que o nosso sistema público de saúde, só no ano passado, teve um corte de nove bilhões de reais. Isso representa um impacto muito forte num sistema já frágil”, afirmou. Esse corte no orçamento e as atuais políticas para a saúde pública reduziram, disse Gustavo, a “capacidade do SUS (Sistema Único de Saúde) de defender a vida”. Isso acarretou no corte significativo no número de vacinas, consultas e atendimentos, já com reflexos claros como o aumento da mortalidade infantil e de algumas doenças.
Apesar de estar com a capacidade diminuída, na análise do professor, “o nosso sistema de saúde vai conseguir trabalhar neste momento” no enfrentamento da pandemia. “Mas é uma oportunidade de pensarmos e revermos o que representa para a sociedade esse desmonte dos serviços públicos de saúde”.
A desigualdade social é outro fator que precisa ser rigorosamente levado em conta nas políticas públicas de combate à pandemia, apontou ele. “A saúde depende de um conjunto de condições sociais. A mortalidade é maior entre os pobres, que são acometidos por doenças mais graves e recorrentes. Então, quando a gente fala, por exemplo, em fechar escolas públicas, temos que saber o que ocorrerá com aquelas crianças que dependem da merenda para ter a alimentação diária”.
E a mesma questão tem que ser vista com trabalhadores que dependem de sair para o trabalho diário para poder se sustentar, entre eles os uberizados. “Fome também mata”, apontou. “Por isso temos que ter uma política que de fato também proteja essas pessoas mais pobres”.
AMPLIAR A INFORMAÇÃO
“A informação sobre essas questões que discutimos aqui devem ampliadas com urgência, pois ainda temos muita gente desinformada sobre a verdadeira extensão da pandemia e também autoridades que não tem dado o exemplo”, afirmou o presidente da ADunicamp e mediador do debate, professor Wagner Romão, do Departamento de Ciência Política e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da universidade.
Wagner lembrou que o Brasil vive hoje um conflito, “forte neste momento”, que coloca a ciência em confronto com análises e opiniões do senso-comum. “Há quem questione se é a ciência ou Deus que vai definir se a doença vai chegar ou não”.
Para ampliar os debates e informações, Wagner anunciou que a ADunicamp vai continuar produzindo, ao longo dos próximos dias e semanas, debates sobre o tema, inclusive com professores e estudiosos de outras áreas que também serão afetadas pela pandemia.
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