Tragicamente, em pleno dia da Consciência Negra, noticiou-se o assassinato de João Alberto Silveira cometido por funcionários de uma unidade da rede varejista CARREFOUR de Porto Alegre.
A atrocidade, manifestadamente racista, ocorreu diante da companheira do “Beto” e de muitas outras testemunhas que, inclusive, registraram as brutalidades em vídeo.
A rede Carrefour é reincidente em casos de violência racial. No ano de 2009, seguranças espancaram Januário Alves de Santana na unidade de Osasco, sob o argumento de que o homem foi confundido com um ladrão. Em 2018, na unidade de São Bernardo do Campo, seguranças espancaram Luís Carlos Gomes porque ele teria aberto uma lata de cerveja no interior da loja.
Todos esses casos aconteceram no interior das lojas! Não se trata, portando, de exceção nem, muito menos, de ação desobediente de terceiros.
Muito entristecida, a ADunicamp se solidariza com os familiares das vítimas e alerta para a crescente escalada da violência racial no país que é motivada pela inépcia e complacência dos governos de todas as esferas, sobretudo do ente federal bolsonarista.
Exigimos que ocorra a apuração integral e independente do crime e que as punições para seus autores e cúmplices sejam as mais severas possíveis.
A Adunicamp também junta-se com muitos outras entidades da sociedade civil e exige que a rede Carrefour assuma de forma inesitante suas responsabilidades, afaste imediatamente seus dirigentes nacionais e mude sua criminosa política de segurança interna.
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