Na próxima terça-feira, 2 de junho, será apreciada pelo Conselho Universitário a proposta de introdução das cotas sociais e étnico-raciais nos processos de seleção (vestibulinhos) dos colégios da Unicamp – Cotuca e Cotil.
As cotas são eficazes instrumentos para correção das distorções sociais e étnico-raciais que historicamente distanciam a maioria da população brasileira do ensino público de qualidade.
Neste sentido, a ADunicamp, coerente com sua trajetória de defesa de todas ações e políticas que ampliam da democratização do acesso à educação, manifesta enfático apoio à proposta de criação de cotas sociais e étnico-raciais nos colégios da Universidade e conclama o Consu e toda comunidade universitária para que aprovem tão importante conquista.
Diretoria da ADunicamp
EM TEMPO
– Confira aqui a proposta em vídeo
Este vídeo apresenta o contexto e os fundamentos da proposta de cotas étnico-raciais e sociais dos Colégios Técnicos da Unicamp (COTUCA e COTIL).
– Confira abaixo ou aqui o manifesto das comunidades dos colégios
MANIFESTO PELA IMPLEMENTAÇÃO DE COTAS NOS COLÉGIOS DA UNICAMP
No dia 02 de Junho (terça-feira) o Conselho Universitário da UNICAMP estará diante de uma pauta histórica: a votação da proposta de cotas étnico-raciais e sociais de seus Colégios Técnicos (COTIL e COTUCA). Terá, portanto, a oportunidade de reafirmar o seu compromisso com a democratização do acesso ao ensino público de qualidade, tal como o fez quando houve a implementação das cotas na Graduação.
É importante ressaltar que o processo de elaboração, amadurecimento e finalização da proposta que será votada ocorre há mais de dois anos. Em que, sucintamente, foi construído coletivamente entre professores, alunos e funcionários nos colégios; votado em seus órgãos colegiados (tanto do COTIL, quanto do COTUCA); consultados os coletivos e movimentos que historicamente pautam essas ações afirmativas na Universidade; e passou por todos os trâmites estabelecidos dentro da Unicamp.
A implementação das cotas étnico-raciais e sociais nos colégio técnicos, mais do que necessárias, são urgentes. Pois vemos que nestes, principalmente nos cursos de concomitância interna (onde o aluno cursa o ensino técnico juntamente com o médio no colégio) há uma grave desproporcionalidade entre o perfil étnico-racial e de escola de origem (públicas ou privadas) dos ingressantes com a realidade do Estado de São Paulo.
É nítido que nesta modalidade de maior concorrência (principalmente nos cursos de período integral) é possível perceber um predomínio da presença de ingressos de alunos oriundos de escolas particulares que não condiz com o percentual paulista onde a maioria (80%) dos matriculados nos anos finais do ensino fundamental II são de escolas públicas. E também uma sub representação étnico-racial muito abaixo da realidade estadual.
Pedimos ainda aos/às estudantes, docentes e funcionários(as) que endossem o seu apoio a proposta, apoio este que foi expresso pela representação nos órgãos colegiados quando houve a sua aprovação.
É necessário que esta pauta esteja presente nas redes sociais e que a comunidade escolar expresse o seu apoio a implementação das cotas nos colégios.
Enfatizamos que a política de cotas étnico-raciais e sociais visam portanto corrigir estas distorções, promovendo assim, a democratização efetiva do acesso a estas instituições de ensino públicas reconhecidas por sua qualidade.
Portanto, pedimos aos/às conselheiros e conselheiras que votem a favor desta importante ação afirmativa que contribuirá para a justiça social e minimização de desigualdades historicamente herdadas.
ASSINAM ESTE MANIFESTO:
– Coletivo Negro do Colégio Técnico de Campinas (COTUCA)
– Crioules
– Grêmio Estudantil do Colégio Técnico de Campinas (COTUCA)
– chapa Rosas da Resistência
– Coletivo Conexão Preta (CCP – UNICAMP LIMEIRA)
– Frente Pró-Cotas da UNICAMP
– Núcleo de Consciência Negra da UNICAMP
– Cursinho Popular Sabotage
– Educação Popular Vila Soma
– Cursinho Popular Responsa!
– Coletivo Negro Simone Maia
– IB/UNICAMP
– Grêmio Estudantil Nelson Mandela (IFSP – HTO)
– Fórum Municipal de Educação de Campinas
– União Campineira de Estudantes Secundaristas (UCES)
– União Paulista de Estudantes Secundaristas (UPES)
– União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP)
– Associação de Pós Graduandas e Pós Graduandos da UNICAMP (APG Central UNICAMP)
– Associação de Pós Graduandas e Pós Graduandos do Instituto de Artes da UNICAMP (APG-IA)
– Movimento por uma Universidade Popular (MUP – UNICAMP)
– Centro Acadêmico do Instituto de Economia da UNICAMP (CAECO)
– Centro Acadêmico Adolfo Lutz (CAAL) – UNICAMP
– Centro Acadêmico de Pedagogia Marielle Franco (CAPMF) – UNICAMP
– Centro Acadêmico da Educação Física da UNICAMP (CAEF)
– Centro Acadêmico Robert Perry da Faculdade de Engenharia Química da UNICAMP (CAFEQ)
– Centro Acadêmico da Biologia da UNICAMP (CAB)
– Centro Acadêmico de Ciências Sociais e História, da UNICAMP (CACH)
– Centro Acadêmico Antônio da Costa Santos da UNICAMP (CAACS)
– Centro Acadêmico de Estudos da Química da UNICAMP (CAEQ)
– Centro Acadêmico da Linguagem (CAL) – UNICAMP
– Centro Acadêmico de Geologia Asit Choudhuri da UNICAMP (CAGEAC)
– Centro Acadêmico da Computação da UNICAMP (CACo)
– Centro Acadêmico da Licenciatura Integrada em Química e Física (CALI) – UNICAMP
– Centro Acadêmico da Faculdade de Engenharia de Alimentos – UNICAMP (CAFEA)
– Centro Acadêmico XI de Agosto, Direito – USP – Centro Acadêmico Herbert de Souza, de Gestão de Políticas Públicas da USP
– Movimento de Juventude Juntos (Campinas)
– União Nacional LGBT – Campinas (UNA-LGBT)
– União de Negras e Negros pela Igualdade (UNEGRO) de Americana
#CotasNosColégiosDaUnicampJá
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