Professores questionam critério do teto salarial, em entrevista para TV Univesp


A questão do teto salarial nas universidades públicas paulistas foi o tema central da entrevista concedida pelos professores Francisco Foot Hardman, do IEL da Unicamp, e Ana Lanna, da USP, para o programa Ensino Superior da TV Univesp. Questionados pelos entrevistadores Ederson Granetto e Rodrigo Simon, Francisco e Ana lembraram que a discussão principal não é a existência ou não de um teto salarial, pois essa é uma regra determinada pela Constituição Federal. Os dois entrevistados apontaram que a reivindicação dos professores das três universidades paulistas diz respeito ao critério utilizado no Estado de São Paulo para a definição do teto salarial.
O teto salarial do funcionalismo público de São Paulo, incluídos aí os professores universitários, é estabelecido com base no subsídio recebido pelo governador do Estado. Nas universidades federais e na maioria dos outros estados brasileiros o teto é definido pelo salário dos desembargadores. Nesse último caso, argumentaram os entrevistados, é possível estabelecer um plano de salários condizente com uma Carreira de Estado – o que não é possível se a base utilizada for o subsídio do governador, pois esse é definido também por critérios políticos e circunstanciais.
Francisco Foot mostrou, durante a entrevista, que o teto salarial dos professores paulistas está entre os mais baixos do país, em antepenúltimo lugar entre os estabelecidos nos 27 estados brasileiros. De acordo com ele, a atual situação salarial desestimula o ingresso nas universidades paulistas de novos professores e pesquisadores que pretendem seguir carreira. Foot apontou também que, entre os mais de 15 mil servidores professores e técnico-administrativos da Unicamp, apenas mil recebem hoje acima do teto salarial.
Confira a entrevista:

 


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