O CR (Conselho de Representantes) da ADunicamp, realizou nesta quarta-feira, 25 de maio, o último encontro da gestão 2020/2022. No próximo dia 1° de junho, juntamente com a posse da nova Diretoria para o biênio 2022/2024, também será empossado o novo CR, integrado por vários/as atuais conselheiros/as que foram reeleitos/as.

Na abertura do encontro, a presidenta da ADunicamp, eleita como vice-presidenta da próxima gestão, professora Sílvia Gatti (IB) antecipou alguns dos temas essenciais da pauta da entidade que seriam tratados pela Assembleia Geral de docentes, marcada para ocorrer no dia seguinte. Entre esses temas, as questões da Data-base/2022 e a extensão dos benefícios da Lei Complementar 191/2022.

Sílvia relatou que o Fórum das Seis já protocolara há mais de 40 dias a pauta de reivindicações da Data-base, mas que até aquele momento não havia recebido resposta nenhuma do Cruesp. Por isso, lembrou ela, o Fórum das Seis agendou um ato público, marcado para as 13h do próximo dia 31 de maio em frente à Reitoria, para pressionar o presidente do Cruesp e reitor da Unicamp, Antônio José de Almeida Meirelles, o Tom Zé, a retomar as negociações. Sílvia pediu para os/as integrante do CR participarem do ato e o divulgarem para demais docentes em suas Unidades.

Sobre a Lei Complementar 191/2022, Sílvia informou que a ADunicamp está realizando encaminhamentos em conjunto com o STU para que a sua aplicação imediata na Unicamp. A Lei permite a trabalhadores da saúde e da segurança pública contarem período de maio de 2020 a dezembro de 2021 para aquisição de direitos relacionados ao tempo de serviço, contagem que havia sido suspensa na pandemia.

A ADunicamp reivindica também que os benefícios da lei sejam estendidos para outros/as profissionais que “mesmo geograficamente distantes” das frentes de enfrentamento da pandemia, integraram a Força Tarefa da Covid-19 e estiveram expostos ou com cargas excessivas de trabalho, como demais docentes da FCM e de áreas da Biologia e Farmácia, entre outras.

REPÚDIO AO MASSACRE

O CR aprovou também a seguinte moção de repúdio apresentada por integrantes do Conselho:

“Repudiamos a operação do BOPE que, em 24/05/2022, deixou no mínimo 22 mortos na Vila Cruzeiro (inclusive uma moradora que se encontrava na sua casa) na ‘cidade maravilhosa’, em operação festejada pelo presidente Bolsonaro, que chamou de ‘guerreiros’ os PMs que participaram da operação. 

O Conselho de Representantes da Associação de Docentes da Unicamp, reunido em 25 de maio de 2022, solidariza-se  com a nota da Associação Brasileira de Imprensa condenando a chacina ocorrida na Vila Cruzeiro, na qual afirma: ‘Diante desta nova matança, uma repetição do que ocorreu em maio de 2021 na comunidade do Jacarezinho, também na Zona Norte do Rio, torna-se fundamental que órgãos de controle e a mesma sociedade procurem descobrir como as chacinas se repetem sem que haja qualquer responsabilização de seus autores’.

Finalmente, o Conselho de Representantes manifesta-se da seguinte forma:

PELA PLENA VIGÊNCIA DOS DIREITOS HUMANOS, EM PARTICULAR O DIREITO À VIDA.

PELO FIM DO BOPE. 

INVESTIGAÇÃO RIGOROSA E PUNIÇÃO AOS RESPONSÁVEIS PELO MASSACRE DA VILA CRUZEIRO.

FORA BOLSONARO, FORA O GOVERNADOR CLÁUDIO CASTRO.”