Mais de 100 anos depois dos episódios que deram origem à data e mesmo diante das crescentes lutas por igualdade registradas nas últimas décadas, a desigualdade entre mulheres e homens permanece firme na sociedade.
Na abertura dos trabalhos da ONU sobre a situação da mulher no mundo, ocorrida nesta segunda-feira, 6 de março, o secretário-geral da organização, Antonio Guterres, fez um duro alerta aos governantes mundiais.
Segundo ele, a seguir o atual ritmo lento de avanços, a igualdade entre homens e mulheres ainda levará 300 anos para ocorrer.
E a predominância masculina se dá em todas as instâncias sociais, mesmo naquelas onde as lutas por igualdade são permanentes e o tema é amplamente discutido, como nas universidades brasileiras.
A recente pesquisa ‘Diversidade na Ciência Brasileira’, elaborada pelo Gemaa (Grupo de Ações Multidisciplinares da AçãoAfirmativa) mostra que embora as mulheres sejam maioria nas matrículas de pós-graduação (54%), sua participação na docência é muito inferior.
Em 80 áreas de pós-graduação analisadas com base em dados da CAPES, os homens são maioria em 53, as mulheres em 24 e uma equidade absoluta, ou seja, 50% e 50% só ocorre em três.
Pesquisa do Laboratório de Estudos sobre Educação Superior da Unicamp mostra que, enquanto 51% dos títulos de doutorado entre 1996 e 2014 foram obtidos por mulheres, o número de mulheres docentes nas universidades cresceu apenas 1%, de 44,5% para 45,5%.
A principal causa dessas desigualdades é o preconceito de gênero latente nas oportunidades de permanência, como bolsas, premiações e outras barreiras impostas pelo preconceito de gênero.
ADUNICAMP DEFENDE A IGUALDADE DE GÊNERO EM TODAS AS INSTÂNCIAS DA UNIVERSIDADE E DA SOCIEDADE!
ADunicamp
[…] 08 de Março – Dia Internacional de Lutas das Mulheres […]