Em mais de 42 anos de história, o ANDES-SN construiu uma forma de organização marcada pela autonomia em relação a patrões, administrações, partidos, reitorias e governos e ancorada na defesa de um projeto de educação pública e gratuita, elaborado nas instâncias de base do sindicato.
Este compromisso com as elaborações e deliberações da base resultou em documentos históricos como o “Caderno 2” (conjunto de propostas do ANDES-SN para a universidade brasileira) e o protagonismo na elaboração do Plano Nacional de Educação da Sociedade Brasileira em 1997. Após o golpe de 2016, nosso sindicato participou ativamente das lutas contra a aprovação da atual EC 95/2016 (“Teto dos Gastos”) e pelo #ForaTemer. Após as eleições de 2018, compreendendo o significado histórico da vitória eleitoral da extrema direita, o sindicato envidou esforços com o intuito de criar a unidade necessária para enfrentar os ataques deste governo que assumiu a educação pública como uma de suas principais inimigas. Neste contexto, o ANDES-SN foi fundamental para derrotar a Contrarreforma Administrativa (PEC 32/2020) e Jair Bolsonaro nas urnas e nas ruas. Já no início do governo Lula em 2023, o ANDES-SN foi protagonista na ação unitária dos(as)(es) servidores(as) públicos(as)(es) na luta por reajuste salarial imediato e em exigir reconhecimento das perdas históricas da categoria, retorno de aposentadoria integral e digna, além da necessidade de restabelecimento da paridade entre ativos e aposentados.
Neste último período, o sindicato também aprofundou sua aliança com as lutas de povos originários e tradicionais, reconhecendo o papel fundamental da sua resistência no atual estágio da luta de classes. Tal aliança expressou-se, sobretudo, no fortalecimento do Acampamento Terra Livre, na solidariedade com os povos Yanomami e no reconhecimento de que é necessário construir uma agenda para combater os efeitos da crise climática.
A chapa 1 expressa o compromisso com este histórico de lutas. Por um lado, combatemos o divisionismo e o sectarismo de setores que não compreenderam o significado das derrotas que enfrentamos desde o golpe de 2016 e a vitória de Bolsonaro em 2018. O bolsonarismo valeu-se da tragédia da pandemia para avançar na privatização de empresas estatais; desfazer o sistema de proteção ao trabalho e o sistema de proteção social; e atacar as populações historicamente oprimidas, como indígenas, quilombolas, ribeirinhos, mulheres, negros, negras e negres, LGBTQIAP+ e pessoas com deficiência.
Por outro lado, reafirmamos a história de autonomia e organização pela base, diferenciando-nos de setores que querem transformar este sindicato em correia de transmissão de governos, reitorias e partidos. Para nós, é uma vitória que nosso sindicato não tenha perdido sua independência de classe, caído no aparelhamento por partidos (independente da legenda ou perspectiva ideológica) ou na dependência em relação a governos que caracterizam sindicatos cartoriais, os quais, inclusive, combatem o ANDES-SN.
Orgulhamo-nos de juntar em nossa composição homens, mulheres, negros(as)(es) e brancos(as) (es), descendentes de povos indígenas, pessoas com deficiência e trans. Além de militantes de longa trajetória e docentes recém-ingressos no ensino superior. Defendemos que renovar não é uma questão de nomenclatura, mas de prática sindical, realizada a partir da organização da militância na base que, dando vida real ao movimento docente, se apresenta para o desafio de estar na direção do ANDES-SN. Também defendemos, de forma intransigente, que o debate sobre classe-raça-gênero-identidade sexual deve ser feito de forma não hierarquizada e não instrumentalizada, de forma a não esvaziar sua dimensão de classe nem invisibilizá-lo em meio a disputas políticas. Orgulhamo-nos de termos protagonizado a luta pela paridade de gênero no ANDES-SN, demonstrando que uma verdadeira renovação se faz com novas práticas e não com o requentar de antigos métodos.
Queremos que nosso sindicato continue ativo no enfrentamento às contrarreformas, no combate aos ataques contra os serviços públicos feitos pelos governos federais, estaduais e municipais e nas campanhas pela recuperação das perdas históricas em nossos salários e nossa carreira. Também queremos que nosso sindicato permaneça atuando com independência de classe e autonomia política, características duradouras do nosso sindicato nacional. Por isso, nosso programa é orientado pela ideia de que é necessário ousadia para sonhar, coragem para lutar!
Assumimos 6 prioridades que indicam nosso compromisso com os direitos da categoria docente da educação superior, básica, técnica e tecnológica, de ativos(as)(es) e aposentados(as)(es).
Chapa 1 – Ousadia para sonhar, coragem para lutar
– Jornal da Chapa 01 – Ousadia para sonhar, coragem para lutar
– Jornal da Chapa 01: assuntos de aposentadoria – Ousadia para sonhar, coragem para lutar
– Jornal da Chapas 01: IEES/IMES – Ousadia para sonhar, coragem para lutar
Redes Sociais
ELEIÇÃO 2023
A Eleição do ANDES-SN para o biênio 2023-2025 ocorrerá entre os dias 10 e 11 de maio. O pleito será presencial e a ADunicamp disponibilizará urnas para que todos(as) docentes sindicalizados até 09 de fevereiro/2023 (conforme regimento) possam votar. Saiba mais sobre a Eleição aqui.
A ADunicamp também irá destacar o espaço “Opinião” do seu site para os(as) docentes que quiserem manifestar apoio a alguma das três chapas que estão participando do pleito. Para que a divulgação do apoio seja feita, basta enviar o texto assinado para o e-mail: fernando@adunicamp.org.br
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