Os professores da Unicamp, reunidos em assembleia geral, nesta quarta-feira, 25, decidiram paralisar novamente as atividades por três dias, a partir da próxima segunda-feira, 30, e manter a mobilização iniciada na semana passada, com a realização de ações e debates para discutir o ensino público, o financiamento das universidades estaduais paulistas e a crise política que o Brasil atravessa – sobretudo no tocante a questões com impacto direto em direitos básicos, como educação e saúde pública, legislação trabalhista etc. Nova assembleia será realizada na próxima quarta-feira, 01, para deliberar sobre os rumos do movimento.
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A assembleia docente manteve a rejeição ao reajuste salarial de 3% proposto pelo CRUESP e aprovou a criação de uma comissão de docentes que auxilie o diálogo entre a administração da Universidade e os estudantes que ocupam a Reitoria da Unicamp desde o dia 10 de maio – se isso for do interesse das partes. Haverá um ato unificado no dia 30 em São Paulo, de modo paralelo às negociações de docentes e funcionários com o CRUESP, além de atividades nas várias unidades de ensino e pesquisa da Unicamp.
DEBATE NACIONAL
Em assembleia realizada no dia 17 passado, os professores haviam decidido incluir o debate do ensino público e das questões nacionais na agenda da campanha salarial em curso. Na assembleia de hoje, decidiu-se manter o foco nessas duas questões, entendidas como não excludentes, mas sim complementares.
Indo um pouco além, os professores consolidaram o entendimento de que as recentes medidas econômicas anunciadas pelo governo interino do presidente Michel Temer representam um desmonte da saúde e do ensino públicos no país, com redução das conquistas sociais da população. Segundo esse entendimento majoritário, os professores das universidades públicas têm a obrigação de discutir e de se manifestar sobre essas questões.
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