O arcabouço jurídico brasileiro, a partir da Constituição Federal, não só garante e regulamenta como também DEFENDE o DIREITO DE GREVE. Juristas argumentam que o direito é garantido mesmo que o objetivo da greve vá além da questão trabalhista, mas envolva também outros interesses sociais coletivos.
As greves desfechadas esta semana por trabalhadores/as de empresas públicas paulistas teve, além de questões trabalhistas, o foco de ‘alertar a população’ sobre as privatizações já em curso e as programadas pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Assim como a paralisação de estudantes da Unicamp, que também têm direito de greve assegurado, se manifestava contra a precarização do serviço público.
Grevistas de empresas ameaçadas de privatização, como a Sabesp e do Metrô, reivindicam a realização de um plebiscito para que a sociedade decida sobre a concessão das estatais, já que empresas públicas pertencem, por definição, ao conjunto da população.
Pesquisa recente de opinião, do Instituto DataFolha, aponta que 53% da população paulista é contra as privatizações.
Greves fazem parte do processo democrático. E assim têm que ser tratadas. Qualquer violência contra as greves e grevistas violenta a democracia.
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