Em meados de setembro, a grande mídia noticiou com estardalhaço a prisão de Luiz Carlos Cancellier de Olivo, então Reitor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), acusado de “desviar recursos que deveriam ser investidos em programas de EAD (Educação a Distância)”. Duas semanas depois, veio a notícia de que o acusado abrira mão de viver, diante da humilhação sofrida.
Nesta semana, a organização Jornalistas Livres divulgou o resultado de uma rigorosa pesquisa sobre os bastidores do caso. Segundo o jornalista Luiz Nassif, “o dossiê sobre Rodolfo Hickel do Prado, o corregedor que levou o reitor Luiz Carlos Cancellier ao suicídio, é o mais contundente libelo contra o estado de exceção em vigor no país”. É certo que o comportamento do corregedor configura-se como um caso extremo, mas o que ocorreu na UFSC serve como um alerta, para que estejamos atento(a)s e não deixemos que os procedimentos adotados por ele (intimidação, acusação sem provas, cerceamento de liberdades, assédio moral, denuncismo e punitivismo, falta de disposição ao diálogo etc.) ganhem espaço entre nós: “cria corvos, e te devorarão os olhos”, diz o adágio.
Convidamos a comunidade acadêmica à leitura do referido dossiê, acessível no link https://goo.gl/MeMT87.
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