[box type=”info”]Divulgação realizada por solicitação da professora Ângela Soligo (FE), na condição de sindicalizada. As opiniões expressas nos textos assinados são de total responsabilidade do(a)s autore(a)s e não refletem necessariamente a posição oficial da entidade, nem de qualquer de suas instâncias (Assembleia Geral, Conselho de Representantes e Diretoria).[/box]
Em 27 de outubro p.p. foi protocolada na Secretaria Geral da Unicamp uma convocação para Reunião Extraordinária do Conselho Universitário, encaminhada por 1/3 de seus membros, conforme define o Regimento Interno do Consu (art. 29, parágrafo único).
A convocação deveu-se ao entendimento, por parte da representação da bancada docente, de funcionários, de alunos e de Diretores de Unidades, de que a implementação de medidas de contenção dos gastos orçamentários deve aguardar os estudos desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho nomeado pelo Reitor no âmbito do Consu, com o exato objetivo de estudar e apresentar sugestões de medidas para a contenção necessária.
As medidas implementadas através da Deliberação que estabelece o corte de 30% nas GRs, apresentadas sem estudo prévio da composição da Tabela de Gratificações da Universidade, têm aplicação linear e atinge de forma desigual parte significativa da comunidade de servidores, sobretudo os jovens professores e funcionários que não possuem ganhos incorporados, conforme define a legislação estadual sobre as carreiras.
Além disso, e ponto de máxima importância, a economia calculada com esses cortes abrange menos de 1% da folha salarial mensal. Uma economia agregada demasiadamente pequena frente ao déficit atual imposto pela baixa arrecadação, e frente às implicações pessoais e de trabalho que promove. Em tempos de crise como a que vivemos no país, preservar as condições que garantam a coesão e a dedicação dos membros da comunidade parece-nos vital para a instituição. Esses pontos argumentam a solicitação de rediscussão da Deliberação A-23.
Com relação à Deliberação A-20, a solicitação de rediscussão reside especificamente no questionamento ao item IX da referida deliberação, que inclui os reajustes salariais definidos pelo CRUESP no conjunto de medidas que passam a requerer aprovação deste Conselho. Nesse momento regressivo de direitos e políticas que marca o país e que atinge frontalmente, dentre vários, os setores educacional e de ciência e tecnologia, o respeito necessário ao CRUESP é inquestionável, como órgão que congrega e articula as três universidades públicas e suas entidades associativas de servidores, e que nos fortalece frente ao governo do estado. Submeter as deliberações do CRUESP a este Conselho fere, portanto, sua autonomia.
Consideramos necessário que a Universidade adote medidas que permitam, em tempos de crise, preservar o seu bom funcionamento. Recolocar essas questões para discussão pelo Conselho Universitário foi, portanto, a motivação desta convocação, que busca dialogar a fundo com a comunidade, através de seus representantes, sobre as implicações das medidas deliberadas.
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