A assembleia de professores da Unicamp, reunida nesta segunda-feira, 25, aprovou as duas propostas apresentadas pela diretoria da ADunicamp para serem incorporadas na Pauta Unificada da Campanha Salarial/2019 apresentada pelo Fórum das Seis. As propostas aprovadas pela assembleia serão levadas à reunião do Fórum, agendada para esta terça-feira, 26, em São Paulo.
A assembleia aprovou também uma moção de repúdio contra a comissão criada para avaliar questões do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), e um texto com sugestão de debates sobre a Reforma da Previdência. Os dois textos, também propostos pela Diretoria da ADunicamp, serão apresentados na reunião do Fórum.
AS PROPOSTAS
A primeira proposta aprovada pela assembleia sugere que seja incluída na Pauta Unificada a seguinte reivindicação: “Que o CRUESP reconheça as perdas salariais desde 2015 e que se estabeleça o compromisso entre CRUESP e Fórum das 6 de um plano de recuperação salarial que se inicie com uma ‘parcela’ inicial de 7% de reajuste salarial em maio/2019”.
A segunda proposta sugere um enxugamento na pauta de reivindicações que será encaminhada pelo Fórum ao Cruesp, para que a pauta seja centrada principalmente em três pontos: reajuste salarial; defesa das Universidades (defesa do financiamento público adequado, da liberdade de cátedra etc) e contra a reforma da previdência.
(VEJA AQUI OS EIXOS CENTRAIS PROPOSTOS PELO FÓRUM DAS 6 PARA A DATA BASE/2019)
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MOÇÃO DE REPÚDIO CONTRA A COMISSÃO CRIADA PARA AVALIAR QUESTÕES DO EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO (ENEM)
Os/as docentes reunidos/as em Assembleia da Associação de Docentes da Universidade Estadual de Campinas (ADUNICAMP) – Seção Sindical, no dia 25 de março de 2019, repudiam veementemente a comissão criada pelo Ministério de Educação para interferir no Banco Nacional de Itens do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), utilizado para a elaboração das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), e adotado pela Unicamp e outras dezenas de Universidades como forma de acesso a estudantes de todo o Brasil.
O ENEM é realizado há mais de vinte anos e sua prova constitui-se de questões elaboradas por especialistas convidados através de “chamadas públicas para a construção de uma rede de colaboradores interessados em elaborar e revisar itens para o Banco Nacional de Itens, constituindo o Banco de Colaboradores do BNI”. O perfil da prova é, portanto, o retrato de um pensamento médio de especialistas nas diversas áreas do conhecimento de todo o Brasil ao longo das últimas duas décadas. A ausência de pressões e interferências externas ao ENEM foi o elemento garantidor de sua validade pedagógica e como instrumento de avaliação.
A criação da Comissão e sua tarefa “em realizar leitura transversal dos itens disponíveis no Banco Nacional de Itens (BNI) para montagem das provas do ENEM” e “sua pertinência com a realidade social” configura censura, excede competência institucional outorgada ao Poder Público e impede a vigência do pluralismo de ideias no ENEM, com graves impactos à avaliaçao e ao ingresso de estudantes as universidades.
Assim, nos manifestamos e conclamamos a sociedade brasileira – e sobretudo a comunidade acadêmica – a defender o ENEM deste ataque.
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