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Esta entrevista veio a público pela primeira vez em dezembro de 1980, na Revista Escrita/Ensaio. O momento é já o de um Florestan bastante maduro que, em uma avaliação crítica de sua trajetória como acadêmico e como cidadão, busca se reposicionar no ambiente da redemocratização do país, àquele momento ainda incerta.
Florestan Fernandes foi, provavelmente, o maior sociólogo brasileiro. Elevou a padrões internacionais os rigores da ciência sociológica produzida na USP – e depois pelo Brasil afora. Esta foi sua missão autoimposta de formador de gerações de cientistas sociais durante a fase inicial de sua trajetória acadêmica, em que produziu obras seminais da sociologia brasileira como a Integração do Negro na Sociedade de Classes.
Os anos 1960 e as decorrências do golpe militar atingiram em cheio o Florestan scholar. Projetos foram interrompidos e veio a saída forçada da USP, com a cassação pelo AI-5, a aposentadoria compulsória e a passagem pela Universidade de Toronto, no Canadá. O retorno de Florestan ao Brasil é carregado de frustração, que transparece na entrevista, com os limites da posição de intelectual e de universitário em um país tão fortemente desigual como o nosso. Ele se ressente da real impossibilidade em se conciliar os papeis de acadêmico e de político no ambiente universitário, já àquele momento refratário a esforços de se coadunar conhecimento científico com transformação social.
Esta versão da entrevista nos chegou por meio do professor Paulo Fernandes Silveira, da Faculdade de Educação da USP, neto de Florestan. Ela é especial, pois possui notas cuidadosamente elaboradas por Paulo, que apresentam cada personagem e cada lugar ou instituição citada pelo entrevistado, além de explicações sobre o contexto histórico de cada passagem de suas memórias, desde a infância até fins dos anos 1970.
Gostaria, nesta breve apresentação, de destacar um trecho da entrevista, quando Florestan fala sobre a forma como foi recebido em sua volta à Faculdade de Filosofia, após o episódio de sua prisão no início da ditadura, em abril de 1964. Diz Florestan que “a maneira pela qual fui recebido, isso tudo forçou um pouco a consciência do dever intelectual. Eu vi que nós não tínhamos o direito de ser irresponsáveis e foi, em grande parte, por causa disso que procurei um ativismo político maior do que
demonstrara antes.”
Penso que essa reflexão se aplica bem aos nossos dias, na luta em defesa da Universidade e também em nossa atuação como intelectuais cidadãos, neste difícil momento de nossa história. Que Florestan nos inspire!
Wagner Romão, professor de ciência política do IFCH e presidente da ADunicamp.
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