É lamentável e inaceitável que os gestores da universidade, que deveriam protagonizar a formação humana com exemplos de respeito, tolerância, espírito democrático e transparência, respondam de forma truculenta, emitindo um atestado de incompetência e falência da capacidade de dialogar civilizadamente na busca de se dirimir conflitos e impasses.
Atitudes autoritárias cuja contribuição ao debate e à cena pública se dá por meio de cassetetes, balas e bombas desferidos em jovens, mulheres e crianças, precisam ser urgentemente desautorizadas se o que se busca é uma solução política e pacífica como convém a uma democracia.
Repudiamos toda e qualquer ação violenta sobretudo aquelas que coíbam manifestações legítimas. Uma ação violenta de uma autoridade pública sobre seus cidadãos só pode ser vista como provocação e incitamento a mais violência e reações exaltadas, que posteriormente justificariam, por parte dessas mesmas autoridades, a judicialização e criminalização dos movimentos sociais.
A violência não elimina os impasses tampouco os conflitos. Assim, instamos as autoridades competentes a abandonarem a postura de intransigência diante dos processos de negociação, assumindo de modo consequente o diálogo democrático como forma de resolução dos conflitos.