A ADunicamp já iniciou o processo de inscrições para incorporar pesquisadores/as da Unicamp em seu corpo de associados/as. A decisão, precedida de cuidadosa análise jurídica, foi comunicada pela Diretoria da ADunicamp em reunião do CR (Conselho de Representantes), realizada nesta terça-feira, 29 de agosto.

“Há muito, desde 2018, iniciamos esse processo de incorporação. Consultamos primeiramente o ANDES-SN, e já em 2019 nos deram o sinal verde para iniciarmos o processo. Mas aí veio a pandemia e retomamos os procedimentos só recentemente”, relatou a presidenta da ADunicamp, professora Silvia Gatti (IB).

Além de tratativas com pesquisadores/as, foi necessária uma análise jurídica com base nos estatutos da entidade, que preveem a inscrição de docentes e não citam com clareza a inclusão de pesquisadores/as. Mas, de acordo com a assessoria jurídica da ADunicamp, pesquisadores/as também exercem a atividade de docência, de magistério, embora com contratos distintos.

A Unicamp tem cerca de 90 pesquisadores/as contratados/as e dezenas já iniciaram o processo de filiação à ADunicamp. “Era uma vontade deles e delas e era uma vontade nossa essa abertura”, afirmou a professora.

O CR aprovou, na reunião, a planilha do controle gerencial referente aos meses de abril, maio e junho de 2023. A planilha foi apresentada pela diretora financeira da ADunicamp, professora Diama Bhadra Vale (FCM), e já havia sido analisado pela Comissão de Acompanhamento de Execução Orçamentária, que emitiu parecer sugerindo ao CR a sua aprovação. E aprovou também a sumula da última reunião do CR, ocorrida em 27 de julho passado.

A professora Silvia também informou a integrantes do CR que a Diretoria da ADunicamp acabara de emitir uma nota de reconhecimento do “direito de greve que legitima a paralisação dos servidores técnico-administrativos” da Universidade. “Essa greve em curso terá desdobramentos e a ADunicamp não pode ficar sem se posicionar. Considerando o mérito das reivindicações, temos que reconhecer que o STU é o representante legítimo do corpo técnico-administrativo, assim como somos de docentes”, avaliou a professora. (LEIA AQUI A INTEGRA DA NOTA)

OBSERVATÓRIO DO CONHECIMENTO

A professora Diama relatou, durante a reunião, a sua participação como representante da ADunicamp em ações realizadas em Brasília pelo Observatório do Conhecimento, nos dias 22 a 24 de agosto. Entre as ações, uma audiência pública realizada na Câmara Federal que debateu “o papel das Universidades de dos Institutos Federais na reconstrução de um projeto nacional de combate às desigualdades”. E também a audiência sobre Mulheres na Ciência e o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Pública.

O Observatório do Conhecimento é uma rede de associações e sindicatos docentes de instituições de ensino superior do país e que, lembrou Diama, tem desenvolvido uma série de trabalhos em defesa da universidade pública e que também teve papel importante na pandemia da Covid-19, com produção de conteúdos e acompanhamentos. Ele foi criado há quatro anos, com participação da ADunicamp desde a sua fundação, e hoje é integrado por entidades de diversos estados brasileiros.

O Observatório desenvolve um trabalho direto com parlamentares, identificando pontos críticos na legislação e nos posicionamentos e abrindo diálogos, ampliando informações e debatendo com deputados/as e senadores/as.

“O Observatório é considerado hoje uma força política no campo da educação. Inclusive, indicamos nomes de parlamentares para compor a Frente em Defesa da Universidade Pública, lançada agora”, afirmou a professora.

FÓRUM DAS SEIS

A professora Silvia Gatti fez um relato aos conselheiros sobre as comemorações dos 35 Anos da Autonomia Universitária e 32 do Fórum das Seis, ocorrido nos dias 25 e 26 na sede da ADunicamp e que contou com a participação de dirigentes e integrantes das associações e entidades sindicais que compõem o Fórum.

“Foi um evento muito bom. Resgatamos pessoas que foram importantes dentro do Fórum das Seis. Pessoas que tiveram um papel bastante importante para que a autonomia se estabelecesse, que foi fundamental na época”, avaliou.

No dia 26, integrantes das diretorias das entidades fizeram reuniões e grupos de trabalho de avaliação das ações em curso e de novas metas para o Fórum das Seis. “Essas reuniões resultaram num conjunto de proposições para rever estratégias e trazer coisas novas que vão refletir nas nossas atividades sindicais.”

O conjunto de propostas está em fase de estruturação pela direção do Fórum das Seis. A ADunicamp prepara um Boletim, a ser divulgado em breve, com um relato detalhado das comemorações e das propostas.