ADunicamp se solidariza com a professora Lígia Bahia e se manifesta contra o negacionismo científico do CFM


O absurdo processo movido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) contra a médica Lígia Bahia, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem que ser rigorosamente contestado e denunciado. A Diretoria da ADunicamp se solidariza e manifesta seu total apoio à professora, que é alvo desse processo por ter se pronunciado, afirmando consensos científicos mundialmente reconhecidos, e contra o negacionismo científico do Conselho sobre a pandemia da Covid-19.

Em entrevista concedida recentemente ao programa “Em detalhes”, divulgado na internet pelo canal ICL Notícias, a médica fez duras críticas às posições do CFM que se manifestou contrário à vacinação da Covid-19 e a favor do uso da Cloroquina durante a pandemia e se colocou contra a lei que permite o aborto em crianças vítimas de estupro no Brasil.

Durante a pandemia, a professora já manifestara as posições que reafirmou ao ICL Notícias. Mas agora o Conselho, com base na entrevista, passou a exigir na Justiça a retratação da professora, além de indenização em dinheiro.

Importante lembrar que a atual diretoria do CFM, eleita em agosto do ano passado, foi abertamente apoiada, durante as eleições para o Conselho, por expoentes políticos e empresariais abertamente identificados com partidos e com o pensamento da extrema-direita. O mesmo aconteceu durante a pandemia, quando a diretoria do CFM se alinhou ao governo negacionista de Bolsonaro. Diante disso, ex-presidentes do Conselho já apontaram os riscos científicos e para a saúde pública que resultam da politização da entidade.

Nota conjunta da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), em apoio à professora Lígia, afirma: “Ao buscar puni-la por defender estratégias baseadas em evidências científicas, o CFM se afasta dos princípios básicos da ciência e da liberdade de expressão, que fundamentam a vida acadêmica e as sociedades democráticas.”

A ADunicamp, ao se solidarizar com a professora Lígia Bahia, e com a sua incansável luta pela saúde pública brasileira, reafirma seu apoio incondicional à Ciência, ao conhecimento e à Universidade e volta a se manifestar contra toda forma de obscurantismo e negacionismo científico expressos claramente nas recentes posições do CFM.


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