Assembleia elege Comissão para Eleições complementares do CR e discute terceirização e precarização nas Universidades Paulistas


A Assembleia Geral Extraordinária de docentes da Unicamp, reunida nesta terça feira, 21 de agosto, elegeu a Comissão Eleitoral que vai dar continuidade ao processo das eleições complementares do CR (Conselho de Representantes) da ADunicamp, a serem realizadas nos dias 17, 18 e 19 de setembro/2024.

A presidenta da ADunicamp, professora Silvia Gatti (IB), lembrou que 11 Unidades da Universidade estão sem representação no CR, pois não apresentaram candidatos/as nas eleições ocorridas em maio deste ano, juntamente com as eleições para a atual Diretoria. “Apesar do importante papel que o CR tem, pois os/as conselheiros/as são aqueles que trazem as demandas das Unidades para a ADunicamp, também não temos nenhuma Unidade com o número completo de quatro conselheiros/as. Daí a importância dessas Eleições Complementares, que estão previstas em nosso Estatuto”, afirmou ela.

A assembleia elegeu, por unanimidade, para compor a Comissão Eleitoral as professoras Maria Cristina Bahia Wutke (Cotuca), como presidenta; Elaine Prodócimo (FEF), Danielle Satie Kassada (FENF) e Diama Bhadra do Vale (FCM). Conselheiros/as que se elegerem agora terão mandato até 01 de junho de 2026, quando se encerra a gestão da atual Diretoria e do atual CR.

A Assembleia elegeu também a professora Silvia Gatti, como delegada, e o professor Paulo César Centoducatte (IC), como observador, para representarem a ADunicamp no 15° Conad Extraordinário do ANDES-SN, que ocorrerá em Brasília entre os dias 11 e 13 de outubro de 2024. O tema central do Conad será o “Movimento Docente e Carreira: uma luta histórica do ANDES-SN” (mais informações aqui).

REFORMA E PRECARIZAÇÃO

A professora Silvia relatou que, na reunião agendada para esta quarta-feira, 22 de agosto, o Fórum das Seis vai discutir ações para a retomada de negociações com o Cruesp neste segundo semestre. Ela reforçou que o objetivo não é só a discussão das questões salariais, mas também trazer para o centro do debate os impactos que a Reforma Administrativa deverá causar nas Universidades Paulistas.

Na questão salarial, apontou a professora, há realmente um fato novo e que o Cruesp vem desconsiderando sistematicamente, que é a arrecadação do ICMS bem acima do previsto no início do ano. “A previsão inicial era de cerca de R$ 154 bilhões e já passamos de R$ 160 bilhões, mas mesmo assim o Cruesp insiste em dizer que não há ‘fato novo’ para uma retomada nas negociações salariais da Data-base/2024”, argumentou.

Referente aos impactos e de como ficará o financiamento das Universidades com a Reforma Tributária, a professora Silvia lembrou que a questão tem sido amplamente discutida pelo Fórum das Seis e que, ao longo do mês de setembro, quando se comemora os 35 anos da Autonomia Universitária, serão realizados encontros e debates sobre o tema. “Já temos estudos sobre esses impactos e há muitas questões a serem esclarecidas, desde o modelo de financiamento das Universidades que será instituído a partir da Reforma até o impacto que poderá causar na Autonomia Universitária.”

Outro ponto apresentado pela professora Silvia é o do crescimento da terceirização e da consequente precarização do ensino e de serviços na Unicamp e nas demais Universidades Paulistas. “A ADunicamp já contratou com o Dieese uma pesquisa para termos a dimensão exata da terceirização e dos impactos já vivenciados e daqueles futuros na Unicamp. E vamos conduzir e ampliar a discussão sobre esse tema”, finalizou a professora, indicando que esta questão também necessita de urgência na promoção de debates em toda a comunidade acadêmica. A Profa. Silvia comprometeu-se a construir um seminário sobre esse tema.


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