Tempestades, inundações, incêndios, chuvas torrenciais e ciclones. Tudo isso agravado em 2024 no Brasil e no mundo. E, para a ciência, não restam dúvidas: é o resultado direto do aquecimento global.
2024 foi o ano mais quente já registrado na história do mundo. Dados da Organização Meteorológica Mundial mostram que o planeta teve um aumento na temperatura média superior em 1,6°C ao clima pré-industrial.
O Acordo de Paris de 2015 foi firmado para tentar evitar que a temperatura média global aumentasse em 1,5°C, considerado um sinal de alerta crítico e deflagrador de grave crise climática. E agora em 2024, pela primeira vez essa marca foi ultrapassada.
Levantamento do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres, com base em dados de satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mostra que 111 cidades brasileiras tiveram temperaturas máximas por mais de 150 dias, com vários graus celsius graus acima do registrado nas últimas décadas. Em algumas cidades, como Belém por exemplo, os dias de calor extremo superaram a cifra de 200 ao longo do ano.
Com base em dados da série histórica de 2000 a 2024, o levantamento mostra também que todas as cidades pesquisadas, sem exceção, enfrentaram ao menos um dia com temperaturas máximas extremas ao longo do ano. O estudo, feito a pedido do site de notícias g1, trabalhou com dados de 5.571 municípios brasileiros, ou seja, apenas pouco mais de 100 ficaram de fora.
Enquanto isso, na contramão da história, líderes negacionistas como o próprio presidente Donald Trump dos EUA, um dos países que mais produzem gases responsáveis pelo aquecimento global, simplesmente abandonam as metas de combate à crise climática propostas pelo Acordo de Paris.
Charge: @bira.dantas.5
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