Cada vez mais mostra-se evidente que o único caminho possível para solução pacífica dos conflitos entre palestinos e israelenses passa necessariamente pela constituição dos Estados da Palestina e de Israel nos limites territoriais definidos pela ONU, ainda em 1948. Para tanto, é premente o fim do expansionismo vingativo e desumano presente na região.
Além disso, as organizações árabes, o Hamas e seus pares, têm que imediatamente libertar os reféns e renunciar às ações terroristas, reconhecendo a legitimidade do Estado de Israel.
Também é imperativo que a ONU e as potências globais, sobretudo dos EUA, ajam de forma urgente, enérgica e efetiva para promoção de um processo de paz fundamentado em ampla intervenção humanitária e de reconstrução da infraestrutura da Faixa de Gaza.
A paz também exige que o Estado de Israel cesse imediatamente os ataques e os bombardeios em Gaza que, brutal e cruelmente, têm sacrificado populações civis, majoritariamente composta por mulheres e crianças! A alegação do direito à autodefesa nunca poderá justificar crimes gravíssimos que são o cerco militar e os bombardeios diuturnos em prédios residenciais, em escolas, em hospitais, além da imposição de deslocamentos forçados, interrupção de abastecimentos de energia, de alimentos e de água!
Sendo assim, no contexto dos atos beligerantes entre o Estado de Israel e da Palestina, reiteramos nosso posicionamento pelo imediato cessar fogo, conforme a resolução recentemente votada na Assembleia Geral da ONU. Nos posicionamos contra os atos terroristas e contra a ofensiva militar na Faixa de Gaza que cria uma catástrofe humanitária sem precedentes.
Somos, em consonância com a mesma resolução da ONU, pela criação de corredores humanitários seguros para atender a população civil envolvida no conflito.
A Diretoria da ADunicamp posiciona-se pelo fim da Guerra, pela condenação dos líderes políticos extremistas de Israel, das ações terroristas do Hamas e pela validação dos acordos históricos de paz entre israelenses e palestinos.
caio toledo
Acreditando na falaciosa afirmação de que a violência do Hamas e a do Estado de Israel, no conflito em curso, se equiparam, a NOTA da ADunicamp recusa-se solidarizar, de forma irrestrita, com o povo da Palestina que, nestes dias, sofre um autêntico massacre na Faixa de Gaza: seus edifícios, hospitais e templos religiosos estão sendo destruídos. Crianças, mulheres e idosos estão sendo dizimados. Neste sentido, a NOTA da AD distancia-se do conteúdo dos massivos protestos das ruas, de Notas entidades de direitos humanos e artigos de intelectuais e acadêmicos – de convicções democráticas e humanistas –, em todo o mundo, que exigem o fim da política de terror posta em prática pelo atual governo de extrema direita de Israel. Ao contrário do que a NOTA da AD sugere, no atual conflito, não está em risco a existência do Estado de Israel; mas, sim, o extermínio do povo palestino tratado por seus agressores como animais ou subhumanos a serem varridos do território que vivem. Por fim, serão vãos e autênticos votos piedosos todos os idealistas desejos de Paz enquanto não houver o fim da ocupação ilegal dos territórios palestinos e do apartheid. Acredito que a extensa maioria do/as associado/as e docentes da Unicamp desejariam que a NOTA da Adunicamp fosse veemente na defesa de uma Palestina livre e soberana.