O programa “ADunicamp nas Unidades” realizou mais quatro reuniões virtuais, no IEL (Departamento de Linguística), IMECC, FCM e CEL, com o objetivo de aprofundar o debate sobre o relatório final da consulta “Condições de Trabalho Remoto Docente no Contexto da Pandemia de Covid-19”.
Com a participação de dezenas de docentes, os encontros foram conduzidos pelas professoras Silvia Gatti (IB), presidente da ADunicamp, e Áurea Maria Guimarães (FE), diretora da ADUnicamp e uma das coordenadoras do GT (Grupo de Trabalho) que desenvolveu a consulta e elaborou o relatório final.
O relatório, apresentado em reunião virtual no dia 7 de julho, ouviu 400 docentes de todas as Unidades da Unicamp sobre as questões ligadas ao trabalho remoto, imposto pela pandemia. “Não coube à ADunicamp fazer nenhuma consideração ou dar opinião sobre as respostas. A ADunicamp só sistematizou a consulta e disponibilizou os números e depoimentos. O relatório é uma avaliação exclusivamente de docentes sobre os diversos aspectos que envolveram o ensino remoto no primeiro semestre letivo”, afirmou a professora Silvia.
As professoras Silvia e Áurea relataram que a decisão de realizar os encontros nas Unidades foi tomada diante das inúmeras questões, dúvidas, problemas e sugestões revelados no relatório. “Muitos docentes não tinham prática do ensino remoto. Tiveram que aprender sob a pressão do momento, improvisar, encontrar e aprender a usar novas ferramentas. Muitas soluções foram encontradas de forma isolada. Daí a importância de estimular a troca de experiências entre docentes nas Unidades”, avaliou Silvia.
PLATAFORMAS COMUNS
Em todos os encontros realizados (a ADunicamp já se reuniu também no IB, FEA e FCF), os docentes falaram sobre a necessidade de se encontrar plataformas comuns de atuação no segundo semestre e critérios que ajudem a reduzir a sobrecarga de trabalho e as dificuldades não só de professores/as, mas também dos/as estudantes. Falaram também sobre os encargos financeiros derivados do caráter emergencial do ensino remoto – como a necessidade de aquisição de pacotes mais potentes de Internet em suas residências, da preocupação com alunos e professores que tenham limitações físicas ou outras – e suas eventuais restrições ou dificuldades na realização de atividades no período de trabalho remoto, de questões de várias ordens relativas às plataformas indicadas ou utilizadas durante o período de trabalho remoto.
As dificuldades, assim como as sugestões para superá-las, relatadas nos encontros, têm reafirmado os pontos revelados no relatório. “Mas cada Unidade tem suas particularidades. E existem dificuldades e questões particulares que são específicas de algumas disciplinas. Daí a importância de ampliarmos agora o debate nas Unidades”, afirmou a professora Áurea.
Após os encontros, a ADunicamp pretende realizar um seminário aberto para promover uma troca de experiências ampla entre docentes. A professora Silvia lembrou que estudantes também têm promovido consultas com relatos das principais dificuldades encontradas por eles no ensino remoto.
“Essas informações têm que ser reunidas e debatidas institucionalmente neste momento, para que tenhamos algumas linhas mais efetivas de trabalho a partir de setembro, quando iniciamos o segundo semestre”, ponderou Silvia.
O agendamento para encontros do “ADunicamp nas Unidades” pode ser feito pelo e-mail: rose@adunicamp.org.br .
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