A ADunicamp comemorou, nesta quinta-feira, 12 de maio, o seu 45° aniversário com um encontro que reuniu mais de uma centena de docentes e convidados, com a participação de integrantes da atual Diretoria, cinco ex-presidentes da entidade, o reitor da Unicamp, professor Antônio José de Almeida Meirelles, o Tom Zé, e também representantes do STU, do DCE e da APG. O Fórum das Seis foi representado pelo seu presidente e vice-presidente da ADunicamp, Paulo César Centoducatte (IC).
Durante o encontro foi realizado também o lançamento da revista “ADunicamp 45 Anos”, que resgata momentos importantes da história e das lutas da entidade e traz relatos recentes das ações solidárias e de enfrentamento da pandemia da Covid-19.
“Resgatar a nossa história é permitir que ela continue viva. Contar a nossa história permite a todas e todos encontrarem-se nela. A proposta de uma revista comemorativa, impressa em papel, vem porque queríamos dar a cada docente de nossa Universidade a oportunidade de ter em suas mãos parte de nossa história. Sua leitura evidenciará o que ela significa em sua grandeza e pode estimular aos que não a incorporam em suas vidas uma oportunidade para assim o fazer. Deixem a revista à vista! Queremos que muitos a folheiem”, afirmou a presidenta da ADunicamp, professora Sílvia Gatti.
Os ex-presidentes da ADunicamp que participaram do evento, professores José Ricardo Figueiredo (1993 a 1995), José Roberto Zan (1998 a 1999), José Vitório Zago (1997 e 1997 a 1999) Mauro Atonio Pires Dias da Silva (2005 a 2007 e 2010 a 2012), Valério José Arantes (2007 a 2008), Roberto Teixeira Mendes (1985 a 1987) e Wagner Romão (2018 a 2020), fizeram um breve relato do tempo em que estiveram à frente da entidade. E todos ressaltaram a importâncias da ADunicamp e da unidade nas lutas para garantir direitos, condições de trabalho e salários justos na Universidade.
Seis ex-presidentes/as que não puderam participar, justificaram suas ausências e enviaram mensagens de parabenização. A professora Sílvia leu mensagem enviada pela professora Helena Costa Lopes de Freitas, primeira mulher a presidir a ADunicamp (1987 a 1989 e 1989 a 1990), e lembrou que ela esteve à frente da entidade em ações decisivas das lutas nas Universidades Pública Paulistas, como a criação do movimento SOS Universidade. “Quem viveu o SOS Universidade jamais esquecerá de Helena de Freitas”, apontou Sílvia.
“A sobrevivência da Universidade Pública está em risco, sabemos todos nós desta possibilidade real diante do agravamento das ideias e concepções conservadoras e privativas que avançam sobre o espaço público. Nossa unidade e disposição de luta perene garantirão que não logrem êxito”, afirmou a professora Helena em sua mensagem, após um relato das importantes lutas das quais participou à frente da ADunicamp.
Na mesma direção, o reitor Tom Zé, falou sobre os recentes e fortes ataques disparados contra as universidades públicas a partir de 2019, o que levou as “universidades a voltarem às ruas”. A pandemia, avaliou ele, “trouxe o papel da negação da ciência”, mas também evidenciou para o país “a importância do SUS, da saúde pública”, dos institutos de pesquisa e das universidades. “Isso permitiu construir um novo diálogo com a sociedade. O grande desafio agora é como aproveitar a oportunidade e construir novos laços com a sociedade”, afirmou.
Tom Zé ressaltou a importância da ADunicamp, assim como do STU e das entidades estudantis, para a formação do “caldeirão de ideias” e ações com as quais se “constrói a Universidade”. Para ele, o momento exige que as universidades públicas estabeleçam “relações com os movimentos sociais, com a economia solidária” e também com as grandes empresas, com a meta de “dialogar com o conjunto da sociedade”.
Além de Silvia, Tom Zé e Centoducatte, participaram da Mesa do evento Elisiene do Nascimento Lobo (STU), Fernando Savella (APG), Cecília Ciochelli (DCE) e a coordenadora Geral da Unicamp, professora Maria Luiza Moretti.
As representações dos funcionários e das entidades estudantis relataram as inúmeras lutas e mobilizações realizadas em comum com a ADunicamp, e lembraram a “história densa” e em defesa da Universidade travada pela entidade, desde a sua fundação.
O encontro foi aberto com a apresentação dos músicos Esdras Rodrigues e Ricardo Serrão, e precedido por uma festa de confraternização no Restaurante ADu.
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