A proposta de reajuste salarial de 20,67% para as universidades estaduais paulistas, a partir de março, apresentada pelo Cruesp na última reunião com o Fórum das Seis (F6), dia 7 passado, foi aprovada com 98% dos votos favoráveis e 2% de abstenções, pela Assembleia Geral de Docentes da Unicamp convocada pela ADunicamp e realizada nesta quinta-feira, 10 de março.

Mas, em contraposição à proposta do Cruesp que defende a retomada de negociações sobre Data-base só em 2023, a assembleia aprovou a retomada imediata das discussões sobre uma pauta a ser elaborada pelo Fórum das Seis, aprovada pelas Assembleias das entidades do F6 e protocolada junto ao Conselho de Reitores até o próximo dia 10 de abril.

A presidenta da ADunicamp, professora Sílvia Gatti (IB), lembrou que o reajuste proposto pelo Cruesp atendeu a reivindicação de 20% feita pelo Fórum das Seis, mas deixou de lado questões importantes que constam na pauta da Data-base protocolada em abril de 2021.

Entre essas questões, destacou dela, estão a reposição das perdas desde 2012, que atingem a cifra de 40,66%, e a valorização das carreiras iniciais, entre outras.

A decisão de dar continuidade à Data-base 2022 também já foi aprovada pela Assembleia do STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp), está na pauta das assembleias das demais entidades do Fórum dos Seis e se for aprovada pela maioria começará a ser debatida e concluída já nas próximas semanas.

O vice-presidente da ADunicamp, professor Paulo César Centoducatte (IC) afirmou, no início da assembleia, que os 20,67% propostos pelo Cruesp atenderam as reivindicações feitas pelo Fórum das Seis (que reivindicava 20% a partir de janeiro). “Mesmo sendo a partir de março, a proposta nos atende. E é fruto de toda a mobilização que temos feito. E avaliamos isso como um ganho das nossas reivindicações e mobilizações, que terão que continuar a partir de agora”, defendeu ele.

A assembleia foi realizada de forma híbrida com docentes presentes no auditório da ADunicamp e outros/as com presença online.