Assembleia decide por parcelar os 8% de reajuste e por participação ativa em mobilizações


A assembleia de docentes da Unicamp, reunida nesta quarta-feira, 22, no auditório da ADunicamp, decidiu por uma nova proposta de reajuste salarial ao CRUESP e por organizar a participação ativa de professores nas mobilizações em defesa da Educação e contra a reforma da Previdência, marcadas para os dias 27 e 30 de maio e 14 de junho. E decidiu também pelo indicativo de paralisação nas duas últimas datas.
A DATA-BASE
A diretoria da ADunicamp apresentou uma nova proposta, que foi aprovada pela assembleia, para as negociações da data-base/2019.
Em contraposição à proposta de 2,2% de reajuste, apresentada pelo CRUESP, a decisão da assembleia foi em manter a reivindicação de 8% de reajuste, porém em duas parcelas. A primeira parcela, de 4,47%, a ser incorporada já em maio, relativa às perdas causadas pela inflação no período. E a segunda parcela, de 3,53%, relativa à reposição de parte das perdas acumuladas nos últimos anos, a ser paga a partir de outubro.
Também houve concordância com a participação do Fórum das Seis no GT Política Salarial, proposto na segunda reunião de negociação.
No próximo dia 27, às 10h, a proposta decidida pela assembleia será levada à reunião do Fórum das Seis onde deverá ser apresentada às demais entidades componentes do Fórum. Em seguida, às 14h, terá lugar a terceira reunião de negociação do Fórum com o CRUESP.
MOBILIZAÇÕES PELA DATA-BASE, CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E EM DEFESA DA EDUCAÇÃO
Foi definido um Dia de Mobilização por ocasião da terceira rodada de negociações da data-base/2019 entre o Fórum das Seis e o CRUESP. As manifestações do dia 27 ocorrerão no âmbito interno da Unicamp, com a realização de assembleias e debates nas unidades no período da manhã, em parceria com funcionários/as técnico-administrativos, que decidiram paralisar as atividades no dia, e estudantes. A proposta é discutir a questão salarial e também os ataques recentes ao ensino público e a Reforma da Previdência.
Para o período da tarde foi aprovada a realização de um ato-debate, em frente à Reitoria, a partir das 14h, momento em que deverá ser iniciada a reunião de negociação em São Paulo.
MOBILIZAÇÃO HISTÓRICA
 No dia 30 de maio estão programadas ações nacionais, já confirmadas em várias capitais brasileiras, em defesa da Educação e contra a Reforma da Previdência.
No dia 14 de junho, será realizada uma greve geral, convocada pelas centrais sindicais de todo o país, contra a reforma da Previdência, mas que também vai denunciar o crescente desemprego no país e o ataque à educação pública.
Para esses dois dias a assembleia aprovou o indicativo de paralisação que deverá ser confirmado ou não pela próxima Assembleia, agendada para 28 de maio, 11h45, que também decidirá sobre o andamento das negociações da data-base.
Na abertura da Assembleia de hoje, o presidente da ADunicamp, Wagner Romão (IFCH) lembrou a participação histórica da entidade nos atos do dia 15 de maio, quando mais de uma centena de docentes estiveram no Largo do Rosário para as manifestações em Campinas e também na passeata em São Paulo, com o apoio da ADunicamp. E convidou os/as professores/as a atuarem em suas unidades para tentar repetir o feito no dia 30 e no dia 14 de junho, a ser confirmada, na próxima Assembleia, a decisão pela participação dos docentes nas mobilizações.


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