Caso Boulos – Moção de Repúdio da diretoria da ADunicamp


O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, tem sido alvo de constantes campanhas de criminalização por conta da sua posição em defesa da democracia e das lutas populares.
o ataque a postura corajosa de Boulos tem partido de diversas esferas, inclusive políticas. O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) entrou com representação na Procuradoria da República no Distrito Federal pedindo a abertura de inquérito contra Guilherme por suposta “incitação ao crime” e “formação de milícia privada”. O mesmo mote de “incitação ao crime” foi utilizado pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em uma segunda representação contra o coordenador nacional do MTST.
Jornais de grande circulação também são instrumentos utilizados para criminalizar os movimentos sociais. O Estado de S. Paulo, em seu editorial “on line” do dia 26/03/2016 desqualifica as ações de líderes sociais que defendem a manutenção da democracia e denunciam o ataque vigente aos serviços públicos, a crescente politização da ação do Judiciário, a promoção do ódio contra defensores da livre expressão de opinião, inclusive contra aqueles que, como Boulos, combatem a constante busca dos meios de comunicação de “pautar” a sociedade.
A diretoria da ADunicamp vem a público reiterar sua postura em defesa da democracia, da liberdade de expressão e contrária a criminalização das lutas sociais, ao mesmo tempo em que repudia tais ações e se solidariza com o coordenador do MTST, Guilherme Boulos.

Campinas, 06 de abril de 2016

Diretoria da ADunicamp

Publicado em 06 de abril de 2016, às 12h30

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