12 de Julho de 2016
Diante de informações ultimamente veiculadas de forma parcial ou mesmo distorcida na comunidade acadêmica e em setores da mídia, a Comissão de Mobilização Docente vem a público esclarecer o que segue.
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A Comissão de Mobilização Docente foi instituída por deliberação da assembleia docente ocorrida aos 17 de maio de 2016.
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Conforme ata da assembleia de 30 de junho de 2016, os docentes, ao deliberarem pela suspensão da greve, mantiveram a Comissão de Mobilização Docente para fortalecer o movimento SOS Universidade Pública e estimular o debate da crise da universidade nas unidades de ensino e pesquisa. Além de suas atribuições específicas, a Comissão deveria também contribuir para por em prática os princípios gerais, expressos pela assembleia, concernentes à civilidade e ao entendimento “entre os membros das diferentes categorias que integram a comunidade acadêmica”.
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Na iminência de intervenção policial no campus, conforme nota divulgada aos 4 de julho de 2016, a Comissão de Mobilização Docente, contando com docentes de várias unidades, moveu-se no sentido de reatar a interlocução entre a administração e o movimento estudantil, que então ocupava o prédio da Reitoria. Desta interlocução, resultou a desocupação pacífica daquele prédio, decidida em assembleia do corpo discente aos 5 de julho de 2016, mediante compromisso do Sr. Reitor, que, em extrato, se transcreve a seguir:
1 – “Os pontos obtidos no acordo serão absolutamente mantidos e o acordo assinado imediatamente após a desocupação.
2 – No caso de apuração de eventuais atos de excesso por parte dos docentes, estudantes ou funcionários durante o movimento grevista, garante-se o processo democrático, transparente e público, sob acompanhamento da ADunicamp e da Comissão de Mobilização Docente, focalizando a ética da greve.
3 – Todos os processos em andamento encontram-se plenamente contemplados pelo item anterior.
A comissão de mobilização coloca-se como fiadora deste compromisso.”
Conforme explicitam os itens 2. e 3., no intuito de defender a ética, que deve sempre reger as relações acadêmicas, bem como garantir o respeito à ampla defesa e ao contraditório, na forma da lei, a Comissão acompanhará todos os processos administrativos relativos a eventuais excessos, por parte de docentes, estudantes e funcionários, no contexto da greve.
Em vista disso, a Comissão considera que, em sua ação, obteve êxitos importantes, contribuindo para a preservação da longa tradição democrática da nossa Universidade, pautada pelo respeito à pluralidade de ideias e pelo exercício permanente do diálogo. A Comissão entende que, somente por meio dos princípios aqui enunciados, logrará a Universidade restabelecer a boa convivência acadêmica.
Documentos citados:
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Nota da reitoria do dia 4 de Julho: http://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2016/07/04/intransigencia-impede-acordo
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Termo de compromisso para a desocupação do prédio da reitoria: http://www.adunicamp.org.br/?p=2834
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